Viver com acerto

“ – No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria dos homens: a dúvida, o medo ou a esperança?

                — A dúvida para os céticos endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para os homens de bem. ( questão 961, de “O Livro dos Espíritos- Allan Kardec)”.

Um ditado oriental, com imensa sabedoria nos informa que quando nascemos todos sorriem e nós choramos, e sugere que no  momento da nossa morte que todos chorem, mas que nós possamos sorrir. Incontestavelmente uma observação de profundo alcance, pois que incentiva a criatura a viver com acerto pelos caminhos da existência.

Via de regra, temos dificuldades em falar sobre a morte, obviamente, estamos nos referindo à morte do corpo físico, uma vez que somos espíritos eternos, portando herdeiros do Universo, mas relutamos em comentar sobre a viagem que um dia faremos da Terra para o mundo espiritual, sendo  necessário que façamos o possível para compreender como se dá o processo da desencarnação, para que não sejamos surpreendido, pois mais cedo ou mais tarde deveremos seguir para uma das “moradas da casa do Pai”.

E, a nossa desencarnação  receberá, sem dúvida alguma, o reflexo da forma que vivemos na presente existência. Portanto, imprescindível se torna, que reflitamos e meditemos muito observando se estamos agindo em consonância com os padrões da dignidade, decência e moralidade, uma vez que de conformidade com a nossa vida conheceremos uma “morte” mais serena ou mais agitada.

  Nos ensinam os Espíritos Benfeitores, que no instante em que devemos deixar nossa vestimenta carnal, podemos nos enquadrar em três situações: se conduzimos os nossos dias pelos caminhos do ceticismo, da indiferença ou do descaso para com os reais valores da vida, teremos dúvidas e incertezas quanto ao que nos ocorrerá; se atuamos cometendo equívocos, causando males e provocando sofrimentos àqueles que caminharam conosco, o medo se apresentará nos afligindo e se passamos pela existência, distribuindo bondade, compreensão, amor e servindo, dentro do possível, a todos que nos procuraram, enfim se  pautamos a nossa jornada terrena dentro dos padrões preconizados por Jesus, nada haveremos de temer, antes somente esperanças de uma vida melhor nos povoará o pensamento e tranqüilizará o nosso coração.

Assim sendo, diante da realidade inconteste que se apresenta aos nossos olhos, será preciso que verifiquemos como estamos atuando na vida, pois que num determinado momento a nossa transferência  deste mundo para a vida espiritual se dará. Obviamente, não querer pensar sobre o assunto, não desejar refletir sobre a questão em nada contribuirá para o nosso sucesso futuro. Dessa forma, sem receios ou constrangimentos, passemos a considerar que tal situação ocorrerá é que será bem melhor que estejamos preparados para o cometimento.

Vivamos então, como pólos influenciadores de bons exemplos. Onde estivermos, dentro das nossas possibilidades façamos o máximo pelo nosso próximo. Consideremos que a felicidade que buscamos somente será possível a partir do instante que decidirmos por fazer a alegria do irmão do caminho. Sejamos bons, fraternos, solidários, prestativos, educados e atenciosos, agindo de forma que as pessoas vibrem com a nossa presença e que se tivermos que partir elas possam chorar pela nossa ausência.

A desencarnação, ou seja a transferência da vida física para a vida espiritual será tanto mais calma ou mais agitada mediante o que fizermos de bom ou de ruim nos dias que correm. Pensemos nisso.

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