A obrigação do semeador

“Eis que o semeador saiu a semear…”. (Jesus – Mateus, 13.3).

                No momento em que Jesus narrou a Parábola do Semeador, informou que um homem saiu a jogar sementes no solo, mas nem todas germinaram, pois que algumas caíram sobre as pedras, outras os pássaros comeram, muitas nasceram em terra rasa e queimadas pelo sol, logo morreram, ainda algumas se alojaram entre espinheiros, e tendo germinado, foram abafadas, e, muitas delas encontraram terra fértil, onde nasceram, cresceram e frutificaram em grande quantidade.

                Trazendo a sábia lição para o campo da humanidade, concluímos que todos nós somos semeadores, não importando onde estamos, em que condições estamos e de que forma estamos agindo. Nossos atos, atitudes e comportamentos são sementes lançadas no solo dos corações humanos, sejam eles dignos ou indignos, pois que sempre exercerão influência por onde grassarem. Obviamente, melhor será que nossas sementes sejam boas.

                Cuidemos por semear a bondade, aplainando o terreno social, às vezes áspero, pedregoso e íngreme, tendo  em mira alcançarmos a paz e a serenidade no meio  em que vivemos.

                Esforcemo-nos para semear a esperança e a alegria ao nosso redor, mesmo que vivamos em situações de conflitos e adversidades, com isso oferecendo a nossa quota de contribuição, mesmo que seja pequena, no firme propósito animar aqueles que nos cercam.

                Intensifiquemos preocupações  semeando compreensão, paciência e tolerância, incentivando o salutar convívio social, para que a vida das pessoas sigam com mais segurança e harmonia  na direção do progresso e da prosperidade.

                Aprofundemos a nossa proposta em semear otimismo, despertando as criaturas para o exercício de uma existência realizadora, comprometida com as conquistas de valores nobres e edificantes, capazes de nos assegurarem crescimento espiritual.

                Busquemos semear solidariedade e altruísmo, tendo como meta o desejo de ajudar a formar uma sociedade mais fraterna e humana, onde todos os objetivos estejam direcionados para o bem estar e a felicidade dos homens.

                Saiamos a semear ética, lisura e honestidade, agindo sempre com  bom senso e equilíbrio, para que a justiça, em plenitude, seja realidade absoluta e não apenas uma exceção no contexto da nossa sociedade.

                Tenhamos coragem em semear ânimo, determinação e perseverança, na defesa da verdade e dos princípios de boa índole, mesmo que isso nos custe sacrifícios e renúncias, objetivando dar novos rumos a determinados comportamentos sociais egoístas, contrários aos interesses gerais.

                Semeemos o bem, sempre o bem, com todas as forças que possuímos, sendo compreendidos ou não, sem esperar nada de ninguém, pois que muitas sementes lançadas, no solo da humanidade, não encontrarão recursos e condições para a germinação, outras poderão até nascerem mas não sobreviverão devido à ausência de elementos de sustentação. Mesmo assim, continuemos a semear, pois que a chuva, o vento, a temperatura, com o tempo, modificarão o terreno dos corações humanos e, um dia, o solo estéril de agora se transformará no ambiente ideal para a boa lavoura.

                Inúmeras sementes lançadas outrora, se acomodaram em solo fértil e promissor, e, sem delongas, estão produzindo fartas colheitas, repletando os celeiros sociais, com abundância, garantindo a sustentabilidade da vida na Terra. Observemos quantos homens e mulheres se sacrificam até a exaustão, servindo como exemplos e referenciais de nobreza e dignidade, que devem e precisam ser seguidos…

                Reflitamos…

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