Se soubessem

“ Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”. ( Jesus).

                A vida devolve a cada criatura aquilo que dela recebe, nisso não há novidade alguma, portanto cada qual colherá o reflexo dos gestos praticados e das ações desenvolvidas.

                Dessa forma o homem bom viverá no centro da sua bondade e o homem mau no núcleo da sua invigilância. Assim, até por uma questão de bom senso e inteligência, bem melhor será viver no clima da fraternidade e do equilíbrio que trarão o retorno de situações da mesma natureza.

                Se o que rouba soubesse que não esta ludibriando as leis divinas não ousaria se apropriar do que não lhe pertence, pois que perante a contabilidade da consciência, um dia terá que devolver o que apossou indevidamente.

                Se o preguiçoso soubesse que no futuro deverá trabalhar em dobro, pois que as suas tarefas deverão ser realizadas mais cedo ou mais tarde, não deixaria para depois o que pode fazer agora.

                Se o agressor soubesse que as marcas da violência ficam gravadas em si  mesmo, para posterior acerto de contas com as leis naturais, não se atreveria a ferir quem quer que fosse e por razão nenhuma.

                Se o assassino soubesse que, pela lei de causa e efeito, responderá na Terra e no mundo espiritual pelo delito cometido, com graves conseqüências para si mesmo, pensaria muito antes de desferir qualquer golpe fatal.

                Se o guloso soubesse os prejuízos físicos que o excesso de alimentação causa para sua saúde, certamente seria comedido à mesa para que sua vida pudesse se desenvolver mais saudável.

                Se os pais que abandonam os filhos soubessem a gravidade de tão nefasto comportamento, cuidaria com dedicação e amor daqueles que a bondade divina lhes colocou nas mãos, pois a indiferença para com a prole gera criaturas desequilibradas que comprometem a vida social.

                Se o trapaceiro soubesse que  a habilidade para fazer negócios não significa enganar os irmãos do caminho, e que um dia  encontrará alguém mais esperto que ele causando-lhe tantos prejuízos quantos os que proporcionou aos outros, atuaria com mais honestidade e critério, na ambiência da dignidade.

                Se o caluniador soubesse que a fofoca fere mais que uma lâmina afiada, gerando intrigas e reconhecidos conflitos, em detrimento a ordem social, não ousaria falar mal da vida de ninguém, mesmo porque em nenhum momento receberá com alegria os comentários infelizes que, por ventura, façam dele.

                Se o egoísta soubesse que ninguém vive feliz sozinho trataria de agir pensando que a sua felicidade somente será completa se aprender a semear a alegria na vida alheia, pois é dando que se recebe.

                Se o viciando soubesse as conseqüências desastrosas do consumo de substâncias químicas, para si mesmo e para aqueles que o cercam, travava logo de vencer tais obstáculos.

                Se o religioso desonesto e aproveitador soubesse que a profanação do que é divino lhe  causará terríveis desilusões e comprometimentos morais, não usaria os ensinos do Cristo para fins escusos e interesses infelizes.

                Enfim, para um roteiro seguro de vida, importante que reflitamos maduramente no que estamos fazendo, procurando saber se nossas ações estão contribuindo para a solução dos problemas do mundo ou se estão sendo mais problemas para o mundo.

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