Precisamos da caridade alheia

“Bem-aventurado os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados”. ( Jesus- Mateus).

                Na qualidade de Espíritos eternos, nossa passagem pela Terra, numa existência, tem a finalidade básica de nos assegurar recursos que promovam o nosso crescimento espiritual. Estaremos sempre diante de situações e acontecimentos que nos proporcionarão grande ensejo ao avanço íntimo.

                No entanto, ante a inferioridade do nosso estágio evolutivo, pois que ainda nos damos muito mais ao cultivo da maldade que a sublimidade de sentimentos, é natural que sigamos pelos dias da vida colhendo sofrimentos e aflições. O orgulho, a vaidade, o egoísmo, o personalismo, a violência e tantas outras viciações ainda seguem bem arraigadas em nosso âmago, fatores que tem escurecido as influências que exercemos no meio social em que vivemos.

                Então, estando em qual posição for, tendo poder, fortuna, fama, troféus, medalhas, não importa, jamais podemos dispensar a caridade alheia, em momento algum conseguiremos caminhar sozinhos.

                Assim entendendo, não teremos dúvidas em concluir sobre a premente necessidade de identificarmos a dor do irmão, procurando minorá-la, pois que de nossa parte também temos as nossas, que em circunstâncias variadas precisam da assistência daqueles que caminham conosco.

                E nos ensina a Providência Divina, que quando nos preocupamos com os problemas do próximo, com o real interesse em ajudá-lo, movimentamos recursos de gratidão em nosso favor, fazendo despertar o interesse dos Benfeitores Espirituais em diminuir as nossas aflições.

                A sabedoria do Espírito Emmanuel, através da psicografia de Francisco C. Xavier nos informa que “o mal não tem necessidade de ser resgatado pelo mal quando o bem chega primeiro”. Assim, se queremos que nosso sofrimento seja diminuído ou se desejamos encontrar a paz e a felicidade mais rapidamente, lancemo-nos a trabalhar em favor daqueles que sofrem, pois enquanto declinamos atenções para lenir as amarguras alheias alguém, em algum lugar, estará usando de bondade e consideração para aliviar os nossos padecimentos. Em realidade é “dando que se recebe”.

                Ainda, pelo mesmo benfeitor espiritual, tomamos conhecimento que quando as leis universais decidem cobrar os débitos que temos para com elas, mediante erros e equívocos que cometemos, e nos encontram trabalhando em favor do bem ao próximo, determina a suspensão da cobrança, onde podemos substituir a dor que estaríamos fadados a suportar por cotas de trabalho. Sem dúvida, será muito melhor trabalhar do que sofrer, mas essa decisão caberá a cada um de nós, pois existem aqueles que preferem sofrer à ter que servir ao irmão do caminho.

                Dessa forma, será sempre muito valioso e oportuno a prática do bem, em qualquer circunstância, em qualquer lugar e a qualquer hora, sem a preocupação de vislumbrar a quem estamos beneficiando, pois que em verdade o maior beneficiado somos nós mesmos.

                Assim, analisemos nossa potencialidade, verifiquemos os recursos que possuímos e não percamos tempo, trabalhemos em favor do bem. Existem crianças abandonadas necessitando de amparo, idosos esquecidos a pedirem um abrigo, familiares aflitos esperando por socorro, desempregados angustiados implorando por um trabalho, jovens desorientados aguardando conselhos e orientações, mães famintas esperando por um pouco de alimento para sanar a fome dos filhinhos e tantos outros problemas sociais na expectativa solução.

                Pela nossa paz, pela paz dos outros cuidemos de fazer a parte que nos compete sem exigir nada em troca e a felicidade, muitos mais cedo que imaginamos estará morando, definitivamente, em nossos corações.

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