Esforço para salvar-se

Por mais aflitivo seja sua situação, ampara sempre, e estará

agindo no abençoado serviço da salvação a que o Senhor nos

chamou”

                (Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco

                Candido Xavier).

                O homem sempre movimenta recursos para salvar-se, como que a buscar seguidamente uma maneira de obter perante a eternidade de sua existência, uma condição tranqüila e cômoda de sobrevivência. No entanto não existe, ante o Código Divino de Justiça e Amor, qualquer premiação ou conquista sem que a criatura derrame muitos esforços e sacrifícios.

                É puro engodo pensar que os favores celestes chegam até as nossas mãos de forma gratuita e despreocupada. Não, isso não. Cada qual junta no celeiro de seus dias a colheita natural de sua plantação. Quem planta o bem repleta seus armazéns de bondade, que semeia a concórdia, recolhe em seus depósitos os frutos da paz, quem esparrama a semente do ódio é natural que receba, em contrapartida, a produção conseqüente desse sentimento vil e desprezível, quem prefere cultivar a animosidade e a violência, sem dúvida alguma se verá sempre frente-a-frente com seus reflexos, portanto, de acordo com nossos modos de vida, estaremos conduzindo os nossos dias entre as flores da paz, do amor e da felicidade ou  caminhando entre os espinhos do ódio, da violência e da perversidade.

                Salvação significa denodo e vontade de vencer as mazelas que moram em nós mesmos e que recebem o nome de egoísmo, orgulho, vaidade, arrogância, preguiça etc.

                Assim sendo é imperioso rever os antigos hábitos de se acreditar que para viver bem, com segurança e devidamente amparado pelos gestos nobres dos Espíritos Superiores basta à freqüência regular a um templo religioso ou a realização de certas determinações criadas pelo próprio homem, que iludido e equivocado sempre acreditou que Deus se alegra com algumas preces decoradas e alguns olhares de contemplação.

                Nada disso. Para crescer e sublimar nossos atos é preciso  trabalhar muito, servindo sempre, pois o nosso modelo é o Cristo, e foi exatamente Ele quem nos legou incomensuráveis lições de lutas e realizações, afirmando categoricamente pelos seus exuberantes e notáveis exemplos que somente agradamos ao Pai Celestial, com o verdadeiro ideal de pautar nossa vida dentro do bem, observando em cada companheiro de jornada um irmão a ser ajudado ou uma criatura que sonha em ser feliz também.

                De braços cruzados e de mãos vazias não lograremos obter a posição cômoda que sonhamos.

                Parafraseado Jesus quando se dirigiu aos seus apóstolos “Se alguém quer ser o primeiro entre vós, seja o último e o servidor de todos”, encontramos o roteiro correto de como proceder. Assim sendo, quem já consegue amar indistintamente, servir constantemente e socorrer com frequência está obtendo a salvação, não pela adoração vazia à Divindade, mas pelo labor de vivenciar, na prática, as lições evangélicas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dezoito − 2 =

Botão Voltar ao topo