O Diamante da música sertaneja de Votuporanga

Ele se chama Adelmo Alves Ferreira, mas desde criança é o Diamante. Pedreiro, dono de mercearia e músico. Segundo as suas contas, são mais de 600 composições. Mas como não é fácil viver de música, Diamante se sustenta fazendo bicos de pedreiro e atendendo os seus clientes na Mercearia Diamante, no bairro da Estação, enquanto a sua mulher complementa a renda trabalhando em um supermercado.

O nome Diamante vem de criança. Ele lembra que “eu já nasci moreno, mas como trabalhava na roça, sem camisa, fui ficando mais escuro e as pessoas brincavam por causa da minha cor e meu pai dizia que eu era um diamante pra ele. Aí começaram a me chamar de Diamante Negro. O apelido pegou e está até hoje”.

Nascido em um família pobre, Diamante sempre trabalhou no serviço pesado da roça, mas desde criança gostava de cantar. “Só que não tinha dinheiro pra comprar violão”, comenta ele. “Somos em 20 irmãos e não havia dinheiro para quase nada. Além disso o meu pai não gostava que a gente cantava ou jogava futebol”.

“Como meu pai era um benzedor afamado, aprendi a fazer uns remédios e quando eu morava em Campinas, fiz um remédio para um sujeito rico que tinha um filho que não havia o que o curasse. Ele tomou o remédio sarou. Para me pagar, ele bancou o meu CD. Foi um sonho”, lembra Diamante.

Diamante já venceu um festival em Ribeirão Preto e vez ou outra é convidado para cantar em cidades da região, mas é pouca coisa. Agora está animado com uma dupla que está gravando uma se suas músicas.

Apesar da esperança, Diamante filosofa:

“A música e muito pior do que a política. Tem muita dupla boa que não ganha nada, não pega shows em suas cidades. É muito difícil”.

Se tem uma coisa que Diamante não perde é a esperança de fazer shows e passa o seu contato, caso alguém queria que ele faça uma apresentação. É só ligar para (17) 98812-3942.

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