Aprender com Jesus Cristo

“Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei …”. (Comentário de Allan Kardec, na questão 625, de “O Livro dos Espíritos”).

                A criatura humana, no contexto da sua intelectualidade e postura social, sempre estará numa posição intermediária, em algumas situações ensinando e em outras aprendendo. Imprescindível, então, que ao buscar conhecimentos o faça tendo como referência modelos de dignidade, honradez e sublimidade.

                Na Terra, em realidade, o modelo seguro a ser seguido é, sem dúvida, Jesus Cristo, que há mais de dois mil anos nos apresentou o Seu Evangelho recheado de notáveis e imprescindíveis lições. Viver longe das informações que Ele nos trouxe ou divergir delas será andar na contramão da lógica.

                Ao nascer numa modesta manjedoura, em Jerusalém, Jesus chegou à Terra portando a mensagem da humildade e da simplicidade, pois que poderia se desejasse, ter nascido na Grécia, que na época era o berço da cultura mundial. Preferiu o ambiente bucólico e pacato da Palestina seguindo uma vida descomplicada e sem ostentações.

                Suas lições foram apresentadas ao povo em ambientes livres, nas ruas, na natureza, evidenciando a importância da essência dos ensinamentos e não o local e a forma como eles foram informados, combatendo, assim, o personalismo, o elitismo e a necessidade de templos suntuosos.

                Esteve sempre em contato com as pessoas, no meio do povo, deixando clara a lição da iniciativa e da boa vontade, saindo em socorro dos necessitados sem esperar que eles O procurassem. Seus braços abertos acolhiam os carentes de toda ordem, dispensando aparatos e regalias.

                Quando disse que era preciso “dar a Cesar o que era de Cesar e a Deus o que era de Deus” (Jesus-Mateus 22:21), lecionou a disciplina e a obediência aos que o assediavam, evitando exaltar o povo em movimentos de rebeldia e tumultos, proclamando com isso a serenidade e a paz.

                No episódio da “multiplicação dos pães” (Jesus-João 6:1-14), para alimentar a população faminta que o cercava, deixou nítida a lição da responsabilidade pelo trabalho que Lhe competia, não delegando a ninguém a tarefa que entendeu ser Sua, pois que os discípulos sugeriram, na oportunidade, que o povo fosse dispensado para buscar alimento.

                Dizendo a Pedro que era preciso “perdoar setenta vezes sete vezes” (Jesus-Mateus 18:22), falou da importância e do valor da fraternidade e da tolerância, destacando um manual de boa convivência, como base para que as criaturas possam construir um ambiente de saúde mental e física.

                Quando destacou a lição “busca e acharás” (Jesus-Mateus VII: 7-11), apresentou à humanidade a lei do esforço e da perseverança, alavancas indispensáveis para a implantação do progresso e da prosperidade entre os homens. Sem a força do trabalho no mundo o caos se instala.

                Apresentando a necessidade do “vigiai e orai” (Jesus-Mateus 26:41), aconselhou os homens a cuidar do pensamento, da área mental, nascedouro das ideias que ao se concretizarem produzirão fatos e acontecimentos, que movimentarão a vida social do planeta. Dependendo do teor e do conteúdo mental que criarmos viveremos num mundo equilibrado ou não.

                Ao comentar que ” quando dás esmola não saiba a esquerda o que faz a sua direita” (Jesus- Mateus 6:3), apresentou a caridade desinteressada, desprendida, onde será preciso servir indistintamente, socorrer sem exigir nada em troca e dar sem esperar receber, ou seja, amar sem apresentar quaisquer condições.

                Dizendo que os “sãos não precisam de médico” (Jesus – Mateus 9:12), deixou bem claro que aqueles que nos procuram, com as mãos estendidas e corações dilacerados, são aqueles que precisam de socorro e atendimento e a eles jamais podemos negar qualquer auxílio.

                Portanto, se a lâmpada do esclarecimento e da maturidade já espalha luz em nosso âmago, e se já conseguimos, mesmo que seja um pouco, entender as lições imorredouras de Jesus Cristo, O tomemos como modelo e guia e saiamos a vivenciar, quotidianamente, suas notáveis e preciosas lições, pois a medida que difundimos a paz e a serenidade entre as criaturas que nos rodeiam, também perpetuaremos essas virtudes em nosso coração.

                Qualquer caminho ou direção que seguirmos, distante de Jesus, será andar na contramão da lógica. Pensemos nisso…

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