Bruno Arena, Hery e Seba em “Pesquisa” Eleitoral
Obtive uma grande vantagem quando mudei o tema de minhas colunas do jurídico para o “vespeiro” político, pois não faltam assuntos, e apenas uma coluna semanal já está se tornando insuficiente para comentar todos os fatos políticos que impactam nosso município. E com a contagem regressiva para as eleições municipais de 2024, o volume de acontecimentos tende a aumentar.
No último dia 21 de setembro, um jornal de São José do Rio Preto, intitulado “O Extrato: a verdade em dados”, que costuma se aproximar dos municípios e dos grupos políticos em época de pré-campanha, lançou uma enquete eleitoral perguntando: “Em quem você votaria para as eleições municipais de Votuporanga?”.
E nela constavam quatro opções: 1. Bruno Arena (eu mesmo); 2. Hery Waldir Kattwinkel Júnior; 3. Jorge Augusto Seba; 4. Nenhum / Não sabe.
Encerrada no dia 23 de setembro, o resultado foi de 13,78% para Bruno Arena; 14,91% para Hery; 68,27% para Seba e 3,04% para Nenhum / Não Sabe.
Por óbvio, a existência desta enquete e do seu resultado inflamou os políticos, os simpatizantes, os partidos, os que não foram citados e os meios de comunicação de nossa cidade, inclusive gerando denúncias de que o resultado é uma Fake News.
Quem encomendou a enquete? Não se sabe. Por que apareceram apenas esses três nomes e não os demais pré-candidatos? Também não se sabe. Esta “pesquisa” precisaria de um registro na Justiça Eleitoral? Isso dá para responder: não é necessário, e explico o porquê.
Há diferenças entre enquetes e pesquisas eleitorais. Enquetes eleitorais são informais e têm o objetivo de sondar opiniões sem um método estatístico rigoroso. Para exemplificar, enquetes não eleitorais realizamos rotineiramente, quando perguntamos, por exemplo, em um grupo de Whatsapp, qual o melhor dia e horário para uma reunião.
Devido a essa informalidade, não precisam ser registradas na Justiça Eleitoral, mas têm algumas limitações: 1. não podem ser realizadas em período de campanha; 2. ao serem divulgadas, os meios de comunicação precisam dizer que se trata de uma enquete e não de uma pesquisa.
Já as pesquisas se utilizam do método de levantamento e tratamento estatístico de dados, por meio de amostras e inferência da população como um todo, devendo ser registradas na Justiça Eleitoral assinadas por um estatístico.
Se mesmo as pesquisas, que são mais rigorosas, erram com frequência, imaginem as enquetes!
Mas, certo é que especulações e supostos fatos políticos já são gerados desde este período pré-campanha pelas enquetes.
Apesar de o jornal rio-pretense ter em seu sub-título “a verdade em dados”, parece se tratar de construções de narrativas em que se tenta colocar na cabeça das pessoas o “já ganhou” da situação e seu “efeito manada” de não perder o voto, ou mesmo um embate entre os candidatos de oposição, que apareceram no dia seguinte, sem explicações plausíveis, como empatados tecnicamente.
Assim, não considero que esta enquete possa ser considerada um fato político relevante e oficial como são as cerimônias coletivas de filiação partidária com presença de autoridades de nível estadual e federal.
Mas, apesar disso, seu resultado reverberou pelos principais meios de comunicação ligados de alguma forma à Prefeitura de Votuporanga: jornal A Cidade, VotuNews, VotuMais e VotuporangaTudo, que tiraram suas conclusões e construíram seus cenários da situação.
De minha parte, como já disse em colunas anteriores: uma mentira contada várias vezes se torna verdade, friso que a verdade sobre meus movimentos políticos pode ser encontrada em minhas entrevistas, no meu Instagram, em conversas pessoais e nas colunas e matérias que são publicadas pelo Diário de Votuporanga e pelo Jornal da Zona Norte.
O restante, podem considerar como papéis ou linhas de transmissão que aceitam tudo.
Esta semana próxima tem muito a ser definido, nos acompanhe na próxima sexta-feira.